24/05/2012

Te encontrar foi uma das coisas mais lindas que já me aconteceram. E tristes, por não poder viver esse amor. 

Com você eu ficaria conversando e dando risada por horas. Ficaria no seu colo a noite toda e te olhando… Nossa, como eu poderia te olhar por toda a eternidade! 

Você me trouxe sensações que há anos eu não sentia. Me trouxe frio na barriga e mãos geladas, aquela vontade louca de puxar qualquer assunto só pra simplesmente conversar. Trouxe o desejo de te ver, te tocar, de entrelaçar nossas mãos e nunca mais soltar. 

O meu desejo era fazer parte da sua vida. Conhecer todos os seus lados, bons e ruins. Minha vontade era de te encontrar em público e poder te abraçar. De dançar um xote enquanto te olho nos olhos e você acaricia o meu rosto. De recostar minha cabeça em seu ombro e você me fazer cafuné. 

Eu me apaixonei por você em um momento que isso não poderia acontecer. E é como se uma faca atravessasse o meu peito. Dói demais. 

Ao te encontrar, eu sempre vou olhar nos seus olhos como quem se pergunta se você ainda gosta de mim. E vou esperar que sim, porque aqui vai sempre ser. 

É triste gostar de alguém, ter esse gostar correspondido e não poder viver. Eu nunca, nunca vou entender. 

Mas nem tudo precisamos entender o motivo, não é mesmo? Nosso dever é apenas fazer o que é certo. E o certo é te amar de longe. 

Obrigada por despertar esse sentimento. Foi doce, foi bonito. Foi lindo criar um mundo nosso, por mais triste que seja o final.

19/05/2012

 Oi, Ana, 


Nana Caymmi e o amor já diziam que, enquanto este liberta as paixões, o tempo as aprisiona. E que tristeza, Ana, fomos vítimas de ambos!

Depois de anos nos olhando de longe, o tempo passou. E quando finalmente nosso olhar se encontrou de perto, o amor chegou e fez morada em meu peito.

Mas como deixar o amor ficar, Ana, se o tempo cuidou de dar outros rumos para nossas vidas? 

Te escrevo para dizer que na armadilha da qual fomos vítimas, decidi ceder ao amor e deixá-lo permanecer.

Agora ele anda comigo enquanto vejo o tempo passar. 

04/05/2012

A rapidez com que nos conhecemos e nos envolvemos foi tão grande que ainda não sei definir o momento exato no qual o seu sorriso passou de algo bonito para encantador.

Minha vontade era envolver meu dedo em seus cachos enquanto conversávamos sobre cores, canções e amor.

Sua voz doce, menina, era tudo o que eu queria ouvir. Ficava ao lado do telefone procurando um motivo fútil pra te ligar e sentir o som do seu sorriso me fazendo estremecer.

Mas os nossos planos eram diferentes, queria pegar o mesmo avião e te seguir. Largar meu mundo, meu trabalho, meus amigos, para me enfiar em sua nova vida e começar a construir ao teu lado o mundo colorido que me permiti sonhar.

Não deu. Agora o que nos une é a distância que nos separa: apenas a distância. O sentimento da nossa última noite juntos ficará. O teu cheiro demorarei a esquecer.

Mas você, menina, vai trilhar outros caminhos, conhecer novos lugares e me esquecer. Enquanto a mim restará passar pelos mesmos bares, conversar com as mesmas pessoas, deitar na mesma cama que um dia compartilhamos e demorar, mas um dia também encontrar outra pessoa para cobrir o vazio que você deixou.

Hoje sou um homem com o coração partido pela distância. Amanhã você será a mulher da minha lembrança dos cachinhos marrons.