Dói, dói demais. 

Por mais que você se prepare, por mais que entenda ser o melhor, ainda assim dói. 

Que doido, não é, o amor machucar tanto assim? 

Seria mais fácil se tivesse um “grande motivo”. Mas sair assim, amando tanto…

Dói. 

 Por que você não me contou antes, não me pediu ajuda?

Por que você deixou chegar a esse ponto e ainda assim não fez nada pra resolver?

Por que você deixou isso acabar com nosso casamento?

Desculpa não aguentar ficar. O medo de repetir o passado de minha mãe foi muito mais forte. 

Me perdoa. Eu te amo tanto. Me perdoa. 

Encerrar um ciclo quando as duas pessoas se amam é uma dor que não desejo a ninguém. 

Encerrar um ciclo quando as duas pessoas se dão bem, têm gostos parecidos, são uma ótima companhia uma para a outra… É uma dor que não desejo a ninguém. 

Queria que essa dor fosse só minha, toda minha. Nesse momento, a última coisa que eu queria era que você me amasse tanto, porque assim tu não sofreria, apenas eu. 

E eu aguento, sempre aguentei. 

Mas isso também é amor, né? Querer tirar a dor do outro e trazê-la toda pra você. 

Eu vou te amar pra sempre. Espero que a sua dor passe logo, mesmo que a minha fique um pouco mais. 

Um monte de coisas despejadas no papel

O que seria o destino? Será que realmente “está tudo escrito” ou podemos alterar o lugar onde devemos chegar?

Em qual ponto o livre arbítrio está presente? Ele nos faz mudar a rota mas para chegar na mesma direção ou ele inclusive muda a parada final?

O que será melhor, viver a vida esperada e com roteiro reto ou se embrenhar pelas curvas e ver onde vai chegar?

Será que os encontros são programados ou acontecem ao acaso?

Hoje pensei no quanto nos damos bem. Chega dói. 

Até que ponto é válido ser responsável por não causar a dor no outro mas machucar a si próprio? 

Reparou, menina, quantas perguntas se passam em minha cabeça em alguns minutos? 

Em uma avaliação de pontos o placar quase dá empate para os dois times. 

Será que essa angústia é o desejo de liberdade ou foi o “ser livre” que veio tarde demais? 

Tentar quebrar um padrão pré estabelecido não é fácil. Adaptar-se a tomar decisões importantes, mais difícil ainda. 

Quando as decisões não envolvem a sua vida é simples ser segura. Mas, a partir do momento que elas podem definir o seu futuro, fica tudo muito mais difícil. Postergar me parece ser mais cômodo. 

Deveria ser o contrário, não?